Existem momentos em que o universo se encolhe
E toda a energia do cosmos se fixa em uma única estrela
E ela, orgulhosa, faz jus à atenção recebida
As outras estrelas afastam-se ou escondem-se atrás de uma nebulosa
e ofuscam seu próprio brilho
Há momentos em que a Lua inveja a estrela-mor
A Lua, desdenhosa, inconstante,
de tempos em tempos escolhe furtar-se ao olhar da Terra
Na verdade, o que esconde é esse seu complexo
de depender de uma fonte externa para emanar seu brilho
Já o Sol é previsível, simples e de uma presença constante
Orgulhoso, sustenta seu brilho próprio, faz crescer plantas, gera a vida,
mas também seca os rios e afasta a chuva
Está tão cheio de si que nem se percebe nisso que faz
Mas o Sol precisa da Lua quando, de tempos em tempos,
necessita brilhar em outro lugar
Lua e Sol se complementam:
por trás de todo grande Sol, existe sempre uma pequena Lua
A Lua é a única capaz de captar para si a luz do Sol
Já o Sol é a própria luz
Na vida, fizeram uma escolha
entre o Ser e o Ter.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
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