Quem dera fosse tudo tão perfeito
Mas havia forças maiores que a própria vontade
O real, que se impunha para além do ideal
E seu medo de desvanecer-se
De se entregar tão completamente
que não saberia voltar
O medo de perder-se
De admitir que precisa tanto desse outro
que não saberia mais viver sem ele
Tudo isso a faz recuar
Defender-se de sua própria sensação de vulnerabilidade
E então ela ataca, desdenha,
Aponta para a falta no outro
E este, que era para ser o encontro,
pulveriza-se no ar
em mal-entendidos, ditos e des-ditos
Ataques e pedidos de desculpa
E o macho, ferido e confuso,
Cansa logo da batalha
Ele, tão simples e objetivo.
Perde-se nos meandros, no ir e vir contínuo
E num desses afastamentos
Ele não volta mais
Solta a corda e desiste
Vai jogar baralho e beber cerveja
e aos Domingos, futebol
É mais fácil ser feliz assim
E ela, sozinha, encontra-se a si mesma.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
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