terça-feira, 21 de setembro de 2010

PEGADA

E quando aquilo do que fugíamos tanto nos pega?
E daí quando a gente descobre?
O que muda?
Justifica tudo o que somos e fizemos até então?
E nos acomoda no mesmo lugar?
Traçando o destino como se não houvesse mais nada a esperar dele?
e a cura das angústias é se conformar a ele?
Pelo menos é possível parar de fugir
Nesta corrida insana onde os espaços iam ficando cada vez menores
E o escuro cada vez mais assustador
Como se os monstros fossem se multiplicando e expandindo seu território
Pelo menos agora era possível sofrer pela causa certa
E nao mais temer o que encontrar pela frente
Pois o motivo do medo era saber de algo que na verdade já acontecera
E então, o que vem de novo, já que o que era pra ser sabido já o foi?
Do que isso te libera?
Bom, pelo menos libera de não ter mais que fazer pra saber
Quem sabe seja possível passar a fazer coisas novas
Mas seria possível, antes disso, apagar a marca do que se viveu
E deixou pegadas durante tantos anos?

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