Como é possível sentir-se estrangeiro na própria casa?
Quando o drama não faz mais sentido
Como depois de uma hecatombe, o vazio
É só uma desconfiança que paira
Como uma espessa névoa
que a mesmo tempo que protege, ofusca
Quando se desconfia das próprias lágrimas
e até mesmo da própria risada
Como se a vida estivesse em suspenso,
onde evita-se até de respirar
Quando o que se quer é o não, o que mais resta?
Resta somente o tédio
Como um medo de verificar o que está bem diante dos olhos
e uma falta de coragem de afirmar o que já está contececendo
Como se ao dar voz, corresse o risco de desfazer
o que de fato já existe
E então se descobre que existe vida depois do ato
que perder-se não é nada demais
que se gasta energia demais tentando manter o controle
E que pode ser surpeendente viver sem saber
o que vai acontecer no instante seguinte
E com o que seremos capazes de fazer então
É como descobrir-se com asas apenas depois de saltar no precipício
e como é boa a sensação!
terça-feira, 28 de setembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
JEAN-PAUL SARTRE
"Estamos sós e sem escusas. O homem está condenado a ser livre. Condenado porque não criou-se a si mesmo e, no entanto, por outro lado, livre, pois uma vez lançado ao mundo é responsável por tudo aquilo que faz"
terça-feira, 21 de setembro de 2010
PEGADA
E quando aquilo do que fugíamos tanto nos pega?
E daí quando a gente descobre?
O que muda?
Justifica tudo o que somos e fizemos até então?
E nos acomoda no mesmo lugar?
Traçando o destino como se não houvesse mais nada a esperar dele?
e a cura das angústias é se conformar a ele?
Pelo menos é possível parar de fugir
Nesta corrida insana onde os espaços iam ficando cada vez menores
E o escuro cada vez mais assustador
Como se os monstros fossem se multiplicando e expandindo seu território
Pelo menos agora era possível sofrer pela causa certa
E nao mais temer o que encontrar pela frente
Pois o motivo do medo era saber de algo que na verdade já acontecera
E então, o que vem de novo, já que o que era pra ser sabido já o foi?
Do que isso te libera?
Bom, pelo menos libera de não ter mais que fazer pra saber
Quem sabe seja possível passar a fazer coisas novas
Mas seria possível, antes disso, apagar a marca do que se viveu
E deixou pegadas durante tantos anos?
E daí quando a gente descobre?
O que muda?
Justifica tudo o que somos e fizemos até então?
E nos acomoda no mesmo lugar?
Traçando o destino como se não houvesse mais nada a esperar dele?
e a cura das angústias é se conformar a ele?
Pelo menos é possível parar de fugir
Nesta corrida insana onde os espaços iam ficando cada vez menores
E o escuro cada vez mais assustador
Como se os monstros fossem se multiplicando e expandindo seu território
Pelo menos agora era possível sofrer pela causa certa
E nao mais temer o que encontrar pela frente
Pois o motivo do medo era saber de algo que na verdade já acontecera
E então, o que vem de novo, já que o que era pra ser sabido já o foi?
Do que isso te libera?
Bom, pelo menos libera de não ter mais que fazer pra saber
Quem sabe seja possível passar a fazer coisas novas
Mas seria possível, antes disso, apagar a marca do que se viveu
E deixou pegadas durante tantos anos?
sábado, 11 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
MÁRIO QUINTANA
"Quero, um diα, poder dizer às pessoαs que
nαdα foi em vão...que o αmor existe,
que vαle α penα se doαr às αmizαdes e às pessoαs,
que α vidα é belα sim e que eu sempre dei o melhor
de mim... e que VALEU A PENA"
nαdα foi em vão...que o αmor existe,
que vαle α penα se doαr às αmizαdes e às pessoαs,
que α vidα é belα sim e que eu sempre dei o melhor
de mim... e que VALEU A PENA"
terça-feira, 7 de setembro de 2010
A CORAGEM
...nao é possível prever pra onde as coisas vao caminhar, nem ter controle sobre elas
...essa é a grande questao da vida...e a mais dificil
corajosos sao aquleles q se dispoem a mergulhar mmo sem saber onde vai dar
mas pelo menos eles chegam em algum lugar,
diferente dos q ficam la no pier so olhando e tentando aclcular a profundidade da agua
pra tentar adivinhar ou se preparar pro q tem la embaixo
e nunca vao descobrir
...essa é a grande questao da vida...e a mais dificil
corajosos sao aquleles q se dispoem a mergulhar mmo sem saber onde vai dar
mas pelo menos eles chegam em algum lugar,
diferente dos q ficam la no pier so olhando e tentando aclcular a profundidade da agua
pra tentar adivinhar ou se preparar pro q tem la embaixo
e nunca vao descobrir
ABERTURAS
Se abrir para a vida é
estar disposto
A ocupar o lugar suposto
Chegar no limite de si mesmo
para encontrar o outro
Superar o limite do conhecido
para adentrar no desconhecido
Pagar o preço pra ver
o prazer acontecer
Suportar o desprazer do não-saber
pra ver até onde dá pra ir
E ir, mesmo sem saber
E no fim se supreender
estar disposto
A ocupar o lugar suposto
Chegar no limite de si mesmo
para encontrar o outro
Superar o limite do conhecido
para adentrar no desconhecido
Pagar o preço pra ver
o prazer acontecer
Suportar o desprazer do não-saber
pra ver até onde dá pra ir
E ir, mesmo sem saber
E no fim se supreender
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
"VÊ SE ME DÁ O PRAZER DE TER PRAZER COMIGO"
Quando digo que não sei é porque não quero?
Quando digo que não quero é porque tenho medo?
Queria ter a coragem de ir além
Sem parar em determinado ponto
Ir além do que acredito ser o fim
Só porque é o fim do caminho que eu conheço
Depois que se prova o sabor da liberdade
Fica difícil querer permanecer no mesmo terreno
Desejo de andar por caminhos mais distantes
Sem ter que manter à vista o ponto de partida
Sem ter medo de me perder
Por não ter manual para o que ainda não conheço
E assim expandir a terra pisável
Descobrir o que tem para além do fim
Quando as cortinas se fecham
E as luzes se acendem
É que a vida de verdade começa
Quando digo que não quero é porque tenho medo?
Queria ter a coragem de ir além
Sem parar em determinado ponto
Ir além do que acredito ser o fim
Só porque é o fim do caminho que eu conheço
Depois que se prova o sabor da liberdade
Fica difícil querer permanecer no mesmo terreno
Desejo de andar por caminhos mais distantes
Sem ter que manter à vista o ponto de partida
Sem ter medo de me perder
Por não ter manual para o que ainda não conheço
E assim expandir a terra pisável
Descobrir o que tem para além do fim
Quando as cortinas se fecham
E as luzes se acendem
É que a vida de verdade começa
FERNANDO PESSOA
"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira"
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira"
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