sábado, 30 de julho de 2011

MUDOU ALGUMA COISA?

mudou, mudou sim...a gente tem que parar com essa mania de achar que era feliz e não sabia... cada etapa vivida me fez ficar mais próxima de mim mesma, de quem eu almejo ser e do que eu quero pra minha vida...minha postura diante de cada uma me aproximou mais de um posicionamento mais humano, autêntico, profundo e respeitoso ao outro. Admitir a falta em si mesmo e reconhecer a alteridade ainda é um desafio...Mas...mesmo com todas as repetições, já não ocupo o mesmo lugar...inda bem, né?
... hoje tenho a coragem de fazer coisas que nao me arvoraria antigamente. e as coisas têm uma concretude maior que as tresloucadas fantasias em que me metia...e metia os outros também...mas, enfim, como "quem brincava de princesa" acaba "acostumando na fantasia", um pouco sempre resvala...
Se não pareço tão mais leve é que agora sei do peso de cada passo dado e cada decisão tomada, e minha implicação em cada um deles. E se por um lado estou tão mais presente, as feições ficam mesmo mais sérias, de saber da seriedade do que é levar a própria vida, do preço que se paga pelas escolhas, e da inexistência mesmo de algo ou alguém que me tire do que está difícil. é de saber que o negócio é aqui é comigo mesmo, ninguém pode fazer por mim, nem me ajudar a carregar este peso, nem pagar esse preço por mim. Mas, por outro lado, sei que não estou sozinha nessa caminhada. Foi muito bom ir verificando o quanto tenho trazido pessoas, especiais, e que se tornam cada dia mais, por estarem comigo em cada um desses momentos, e saberem exatamente o que se passava comigo, e viverem comigo cada um daqueles momentos. E hoje, quando olhamos pra trás, vejo que fiz uma estória, e elas são parte intrínseca dela. Que bom saber que foi possível não abandonar o outro pra poder saber de mim. Pelo contrário, a cada dia ele me ajuda a olhar de um modo mais lúcido, ao devolver-se imagens de quem um dia eu fui. E do que me tornei...
serviu pra eu saber. saber do que quero, o que tenho que fazer pra conseguir, e se não consigo é porque ainda é dificil me deparar comigo tão desejante...e por puro medo de, ao ter o que quero, saber que não era bem aquilo, e que mesmo assim é muuuuito bom, mas que não é pra sempre, e que se pode perder. O olhar de menina tímida e sonhadora, com o mundo inteiro pela frente, deu lugar ao de uma mulher um pouco mais madura, que, se não é tão decidida ainda, é mais pé no chão. Que ao menos tem a coragem de admitir o próprio desejo, e as impossibilidades da realidade, sem precisar recorrer ao sonhos pra ser feliz. Aprendeu a fazer do impossível não mais uma impotência, mas uma possibilidade de invenção. Afinal, é só assim que se vive, não é? Não tem outro jeito, já que "o caminho se faz ao caminhar"...Não vou negar que às vezes me canso, de pensar que ainda há tanto p por fazer (talvez esse tenha sido um destes momentos). Mas eles também servem pra parar e olhar pra trás. E redimensionar o percurso que fiz, a direção em que se estou indo, e então, relançar o Desejo. É isso!

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