domingo, 28 de agosto de 2011

Ainda preciso de você pra alegrar o meu sorriso.
É ridículo, mas é fato.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Resta ainda a incontestável sensaçao de ter nascido no lugar errado
e ter colocado a roupa errada
e ter aprendido os modos errados
Resta a constante sensação de incompetência para a vida
e a inexorável vontade de apertar o reset.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

SALTANDO NO ESCURO

Vez em quando um piolhinho salta da imensa massa de piolhos
Ensaia salto mortal e pula para além das fronteiras do macio do conhecido pêlo.
Ele, que acostumado a ser piolho, se encanta com tantas possibilidades.
Descobre a magia dos marimbondos, que não podem pular, mas voam que é uma beleza!
E as organizadas abelhas, que sabem ir do extremo da dor ao doce.
Conhece a solitária aranha, que em sua imensa sabedoria, de seu próprio corpo retira a tecitura de sua teia.

Ao saber de tudo isso, se encanta
mas descobre que não tem a coragem de abandonar a segurança do chão para ser marimbondo,
nem o dom de dar a vida pelo que defende como as abelhas,
nem extrair de seu próprio ser a condição de sua sobrevivência como as aranhas.

Mas vai viver entre eles, para aprender, ente seres tão admiráveis!
Ao conhecer cada um mais de perto, descobre que o marimbondo e a aranha não sabem compartilhar
E que as abelhas não sabem ser singulares. E que nenhum deles salta tão maravilhosamente quanto ele.

Lança uma crítica veemente a cada um e resolve tornar a ser piolho, achando que ali se reconheceria.
Porém, depois de ter ido tão longe, não pôde mais ser só piolho.
Secretamente, durante esta viagem, algo em seu interior mudara. Não se contentaria mais em ser só piolho, mas também não sabia ser marimbondo, abelha ou aranha.

E agora? Num mundo de tantas possibilidades e lugares, qual era o dele?
Reconheceu que cada um deles, do pior ou melhor jeito, ao menos tinha feito uma escolha.
E ele, que nem essa coragem tivera?
Descobriu que pular não era para si nenhum esforço, tudo o que se espera de um piolho é que pule
Isso era genética, mas que para existir no mundo, ele teria que construir um patrimônio próprio.

E de repente se deu conta de escolhera sim, há muito tempo atrás.
a única realidade que conhecera fôra ele quem moldara.
Edescobriu que era feito de material bem pior do que imaginava.
E se não se encaixava ou se ficava sempre só com o pior, era porque acreditava piamente que era o que merecia
Daí tudo o mais fez sentido, e parou de esforçar-se tanto em construir o que sabia que seria só pra derrubar depois.
Sendo feito de matéria tão vulgar, com um carimbo de destino pregado à carne,
A pergunta que restara agora era:
Seria possível fazer diferente?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

CALLIFORNIA KING BED (RIHANNA)

"Peito com peito
Nariz com nariz
Palma com palma
Nós sempre estivemos assim tão próximos

Então como pode, quando estico os meus dedos
Sinto que há mais do que distância entre nós

Nessa cama KING
Nós estamos a dez mil milhas de distância

Olho com olho
Bochecha com bochecha
Lado a lado
Você estava dormindo ao meu lado
Braço com braço
Do anoitecer ao amanhecer
Com as cortinas torcidas
E um pouco da noite passada nesses lençóis

E quando eu pensei em desistir de nós
Você se virou e me deu um último toque
Que fez tudo parecer melhor
E, ainda assim, meus olhos ficaram mais úmidos
Tão confusa, quero te perguntar se você me ama
Mas não quero parecer tão fraca
Talvez eu esteja tendo um sonho californiano"
"Os ventos que as vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre..."

Bob Marley